segunda-feira, 21 de março de 2011



um aperto, um frio, um vazio...
sem saber como, quando e porque.
tem porque?
nao entender...
morrer sem saber.


uma dor, um amor, um temor...
sem saber do que...
sem entender por que...
então não saber...
sentir?
tem porque sentir?


confuso.
intruso.
sentimento avulso e perverso.
deveras dolorido e repulsor.
quente e devastador.
frio e incoerente.
dói e é potente.
não é inerente.
mas é enganosamente persistente.


de onde vem, para onde vai, para onde eu levo, onde eu entrego?
existe devolução?
existe função?


existe um lugar?
em que eu possa morar?
existe um lugar em que deixe estar...
e eu possa sentir e voar, sem me machucar...


quero devolver, essa náusea de viver...
neste momento de não querer..
e não entender... 
o porque eu não consigo dilacerar você....

sexta-feira, 18 de março de 2011

Correntes...



E essa agonia que avassala o peito..
Esse sentimento que atordoa e contamina...
Me transforma numa sina, num demônio que alucina...
Embebedada desta falsa ilusão do amor, falsa sensação de não estar só...
Essa desilusão sem teor...sem cor... sem calor...
Essa sede sem começo e hora pra acabar...
Atordoa, confunde, mente e não se sente...
Passa, devasta e caotiza..
Esta sensação de dor..
Esta ferida aberta...
Esta falta de amor...


Me tira o ar...
Este sentimento que domina a arte de amar...
Este sentimento que me faz delirar...
Corte os meus pulsos e me deixe voar!

terça-feira, 15 de março de 2011

Tempo: a máquina do movimento da vida!

Passagens movidas por ações determinadas.
Onde o que se quer é construído, e o que se constrói não é definitivo.
Aquilo que carregamos pela vida inteira.
Máquina vitalizadora magnética, que conduz o pensamento.
Pensamento que rege as vontades, os desejos, os prazeres, o movimento.
Elemento de força, trazida do eco interior, se alastrando por ondas vibratórias que conduzem a mente.
Máquina que voa e eleva os atos para o futuro, transformando também o passado.
Quando pensamos no que determinada atitude venha a reagir, mudamos a atual, fazendo com que o passado não seja aquele que seria, se o tivesse feito de outra forma.
Máquina de escolhas e caminhos, de intenções e conquistas.
Conquistas aquelas que necessitamos das engrenagens para andar pra frente, para o tempo presente.
Onde tudo se transforma, e aquilo que um dia foi vivo, já não será mais como antes...
Maquina do tempo: movimento da morte!

Nosso tempo...

O tempo em que vivemos faz um tempo frio...
É um tempo onde as pessoas não se olham, por falta de tempo, ou porque vivem no seu próprio tempo.
O tempo faz as pessoas correrem, correrem contra ele mesmo.
O tempo passa rápido para aqueles que não conhecem o novo...
O tempo passa rápido para aqueles que não conhecem o amor...
O tempo ralenta para aqueles que sofrem, o tempo vira inimigo da dor...
O tempo desenha linhas no rosto, que não tínhamos há muito tempo...
O tempo queima, queima os dias dos operários, queima a sede de trabalho, e queima a força de vontade...
O tempo é competitivo, e não adianta você correr, ele sempre vai chegar primeiro que você!
O tempo é orgulhoso, por mais que você converse, brigue, questione, ele não dá o braço a torcer e  não volta atrás.
O tempo é traiçoeiro, quando você menos espera ele já ultrapassou você faz muito tempo...
O tempo é egoísta, só pensa no seu trabalho e no de mais ninguém, e não nos espera para fazermos o que temos que fazer...
Ele simplesmente anda na frente...
O tempo é nossa liberdade!
É a nossa prisão...
O tempo é o nosso dinheiro!
É a nossa escravidão...
O tempo é a nossa identidade!
Ele não s cansa do seu trabalho, pois se renova a cada manhã.
O tempo é o sol que nasce, a noite que chega...
Mas com o tempo, tudo passa e tudo vira carcaça daquilo que um dia teve valor...

E se não sou eu quem poderia ser....


Deixo tudo assim, não me importo em ver a idade em mim, ouço o que convém...
Eu gosto é do gasto.
Sei do incômodo e "ele" tem razão quando vem dizer, que eu preciso sim de todo o cuidado...
E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria?
Ahh, tanto faz, que o que não foi, não é!
Eu sei que ainda vou voltar...Mas eu quem será?
Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim, eu digo o que condiz.
EU GOSTO É DO ESTRAGO!
Sei do escândalo e eles têm razão quando vêm dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo...
E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?
Ahhh ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição!
Vou levando assim que o acaso é amigo do meu coração...
Quando fala comigo, e quando eu sei ouvir...